Roberto Dias detalha futebol na Arábia Saudita e chegada de Cristiano Ronaldo: “Muita visibilidade e credibilidade a liga”

Em entrevista exclusiva ao Sambafoot, o zagueiro brasileiro de 34 anos explicou sobre a vida na Arábia Saudita e a mudança com a chegada de CR7
Publicado em 04/03/2023 às 12h00

O futebol na Arábia Saudita tem um antes de depois de Cristiano Ronaldo. A chegada do português trouxe muita visibilidade para a liga. Entretanto, antes da chegada do GajoCampeonato Saudita já possuía muitos brasileiros por lá. Um deles é Roberto Dias, zagueiro que chegou no início da temporada 2022/23.

Antes de atuar na Arábia Saudita, o defensor teve passagens por diversas equipe do Brasil, sempre buscando espaço para crescimento. Assim, passou por times como América-SP, Barueri, Taboão da Serra, São Carlos, Flamengo-SP, Imbituba, Uberaba, Campinense, CSA, América-RN, Botafogo-PB, Nacional-AM, River-PI e Novo Hamburgo-RS.

Por outro lado, o jogador também teve passagens por times de países eixo B do futebol, como Astra Giurgiu, da Romênia, Cafetaleros de Tapachula, do México, sempre ficando no máximo uma temporada em cada equipe. Quando chegou à Eslováquia, teve mais espaço e ficou por duas temporadas (2018/19 e 2019/20) no FK Senica.

Em 2020/21 jogou uma temporada no Ermis Aradippou, do Chipre e mais uma temporada no Sered, novamente na Eslováquia, em 2021/22. Atualmente no Al Kholood, Roberto Dias disputa a 2ª divisão do Campeonato Saudita e detalhou sua vida no país, costumes, qualidade de futebol e organização da liga no país saudita em entrevista exclusiva.

Entrevista exclusiva com Roberto Dias, zagueiro do Al Kholood

Você chegou esta temporada na Arábia Saudita. Como tem sido a atmosfera na liga desde a chegada de Cristiano Ronaldo?

“Em proporção mundial, a repercussão foi muito grande, as partidas passaram a ser muito mais vistas por todo o mundo.

Porém, antes dele (Cristiano Ronaldo) o campeonato já era grandioso também, muito organizado e competitivo.

A vinda dele ajudou uma liga que, para quem conhece e vive ela, que já tinha sua grandiosidade, a ser ainda maior graças ao grande nome e grande jogador que ele é”.

Qual a proposta fizeram para te convencer a jogar na Arábia?

“Uma proposta muito boa financeiramente, que me deixou muito empolgado e motivado a vir. Onde já renovei meu vínculo até o meio do ano que vem, e onde estou muito feliz e pretendo ficar o máximo que puder”.

Vimos na Copa do Mundo uma grande paixão do povo árabe pelo futebol. Como é a relação com a torcida?

“É um povo como o brasileiro, apaixonado por futebol, alegre e muito receptivo. Estou muito feliz por aqui. Me adaptei muito rápido, pois me acolheram como se eu fosse da família deles”.

O futebol saudita ganhou muito destaque desde a Copa do Mundo até a chegada de CR7. Como os brasileiros tem visto esta ascensão?

“Para nós, que estamos aqui, já sabíamos da qualidade e da estrutura que disponibilizam para a prática do futebol. Então, não foi nenhuma surpresa.

Com a chegada do Ronaldo à procura pelo país por atletas profissionais é ainda maior, pois ele trouxe muita visibilidade e credibilidade a qualidade da liga”.

Como é a questão de clima, cultura, alimentação, etc?

“Em relação a clima e alimentação pouco muda em relação ao Brasil, temos acesso a tudo que temos por aí. Alguns momentos do dia muito quente, porém nada que não tenhamos no Brasil.

Já a cultura, sim, um pouco diferente, muitas coisas são restritas, porém facilmente é possível se adaptar. Uma coisa muito interessante e bonita é a fé e a disciplina que eles tem com a religião deles.

São muito disciplinados e todos (exatamente todas as pessoas, dos mais novos aos mais velhos) seguem as regras”.

Quais são suas expectativas para esta temporada na Arábia Saudita?

“Temos grandes expectativas, pois ainda nos faltam 11 jogos e no futebol tudo pode acontecer, vamos trabalhar para realizar nossos objetivos impostos pelo clube”.

Como está o nível da 2ª divisão saudita, conta com um bom investimento financeiro dos clubes e muitos estrangeiros?

“Sim, grande investimento, é muito rentável financeiramente, geralmente cada time possui o limite máximo de estrangeiros que são 6, raramente tem algum clube que não possua os 6 estrangeiros”.